Entre muitas resoluções que tenho adotado nesse segundo semestre, uma das mais importantes é o tal do desapego. Requer um certo esforço, como quase tudo na vida, mas vale a pena. Acredito que é tirando algumas coisas que a gente abre espaço para outras - materialmente, mentalmente e afetivamente.
Sem falar que, como minha casinha é pequena, limpezas periódicas são sempre bem-vindas. Em uma dessas operações Destralhar acabei jogando fora uma coisa que me trouxe lembranças e fez ver o quanto tempo passou: a agenda de telefones que eu usava em Porto Alegre.
Em outros tempos (como fiz por anos) teria olhado novamente para a coitadinha e dado uma segunda chance, jogando-a de volta à montoeira de papeis. Agora, no final de 2012, não teve mais jeito. Copiei uns três ou quatro telefones que podem ser úteis e o resto foi para o lixo, descansar em paz.
O mais engraçado, ao mexer novamente na agenda, foi perceber que a cada dia eu cresço um pouco e, aos pouquinhos, escrevo minha história. Não tem nada, absolutamente nada de brilhante ou genial, mas é minha. De estudante, em Porto Alegre, me formei e me mandei como sempre quis para São Paulo, onde a brincadeira já dura quase cinco anos.
Nessas horas eu deixo o desânimo de lado e dou o braço a torcer para quem me disse, certa vez: calma, está dando tudo certo.
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