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14.7.10

o crime

"Não há natureza criminosa, mas jogos de força que, segundo a classe a que pertencem os indivíduos, os conduzirão ao poder ou à prisão: pobres, os magistrados de hoje sem dúvida povoariam os campos de trabalhos forçados; e os forçados, se fossem bem nascidos, “tomariam assento nos tribunais e aí distribuiriam justiça. No fundo, a existência do crime manifesta felizmente uma incompressibilidade da natureza humana; deve-ser ver nele, mais do que uma fraqueza ou uma doença, uma energia que se ergue, um brilhante protesto da individualidade humana que sem dúvida lhe dá aos olhos de todos seu estranho poder de fascínio."

(Michel Foucault - Vigiar e Punir)

27.2.10

missão parcialmente cumprida

Na ânsia de tentar preencher todas as minhas lacunas livrísticas (tarefa impossível, eu sei), avancei alguns passitos nas últimas semanas. Vieram fazer parte do meu lar Vigiar e Punir, do Foucalt, Dez Dias que Abalaram o Mundo, do John Reed (por incríveis três reais na Paulista) e a aquisição do dia, Na Pior em Paris e em Londres, do George Orwell, que há pelo menos três anos eu me coçava para comprar. Leve e agradável sensação de dever cumprido por ora. Coragem agora para ingressar no universo foucaultiano...

5.7.07

antropólogo

“O antropólogo vive simultaneamente em dois mundos mentais diferentes, que se constroem segundo categorias e valores muitas vezes de difícil conciliação.”

(Evans-Pritchard - Bruxaria, oráculo e magia entre os azande)
Muito boa essa brincadeira de antropólogo. Devia estar mais perto do jornalismo (ou vice-versa).

4.7.07

fiéis

"Os crentes (...) sentem, com efeito, que a verdadeira função da religião não é fazer-nos pensar, enriquecer nosso conhecimento, acrescentar às representações que devemos à ciência representações de uma outra origem e de um outro caráter, mas a de fazer-nos agir, auxiliar-nos a viver. O fiel que se comunicou com seu deus não é apenas um homem que vê novas verdades que o descrente ignora; ele é um homem que pode mais. Ele sente em si mais força, seja para suportar as dificuldades da existência, seja para vencê-las. Ele está como que elevado acima das misérias humanas porque está elevado acima de sua condição de homem".

(Émile Durkheim - Les formes élémentaires de la vie religieuse)