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16.12.12

momentos mágicos de gremismo

Foi ontem, mas mesmo assim não queria deixar passar. Esse último 15 de dezembro marcou 16 anos de um dos dias mais importantes da história do Grêmio e da minha também. Em 1996, o Grêmio era campeão brasileiro pela segunda vez em sua história – a primeira foi em 1981.

Era um domingo e passei o dia todo em casa com minha família, principalmente meu pai, que não se continha de nervosismo. Mas ele havia passado a semana inteira dizendo “vai dar”. Não tinha como não acreditar nele, mas mesmo assim a tensão era presente. O Grêmio precisava fazer 2 X 0 no Olímpico contra a Portuguesa para compensar os 2 X 0 em São Paulo e, com melhor classificação na primeira fase, ficava com o título. O Grêmio era um BAITA time, mas a Portuguesa tinha seus méritos e seus bons jogadores.

Decidimos que valia a pena gravar o jogo em fita K7, coisa que meu pai faz até hoje. Eu não queria ver o jogo na televisão (e continuo não gostando, tenho impressão que dá azar), então fiquei cuidando do rádio fora de casa, na nossa areazinha de serviço. E ele ficou lá dentro. Não tenho ideia de onde estavam os outros, só sabia de mim, dele e do jogo.

Quase morri de angústia. O gol do Paulo Nunes no início foi uma glória, mas ainda faltava UM. E um gol não é pouca coisa, ainda mais quando ele é NECESSÁRIO. O tempo passava e eu cada vez mais próxima do infarto, em plenos 12 anos.

Enfim veio o gol, com o contestado Aílton, quase no fim do jogo, aos 39 do segundo tempo. Só lembro do gol, de mais nada. Era tudo muito nervoso, muito confuso.  E ainda faltavam seis minutos no tempo regulamentar, fora os acréscimos. Minutos que pareciam horas, dias.

Depois de quase virar pelo avesso de tanta agonia, terminou. Grêmio bicampeão brasileiro. O primeiro título nacional do Brasileirão que eu podia comemorar.

Meu pai ensandecido, óbvio. Na hora ele catou a bandeira enorme do Grêmio e, como só tínhamos aquela, me deu um par de meias antigo e tricolor para eu agitar.E lá fomos nós para o centro de Farroupilha, point dos gremistas – na época era só do lado azul do estado mesmo (tempos lindos).

No caminho para o centro, uma das cenas mais nítidas da minha infância/pré-adolêscencia: um grupo de torcedores de algum dos bairros havia lotado um CAMINHÃO e saído enlouquecido pelas ruas. Nos viram com a bandeira, a pé, e foi aquele buzinaço, aquela euforia, aquele congraçamento em pleno fim de tarde.

Ficamos um tempo no centro, no meio da muvuca, e voltamos para casa depois de anoitecer. A última lembrança é a de eu recolher a bandeira que havíamos deixado em uma árvore, um chorão que ficava em frente à nossa casa. Meu dindo, na janela – colorado – perguntou, brincando, se eu ainda estava às voltas com a bandeira. E eu respondi “não é sempre, não sei quando vai acontecer de novo”.

Parecia uma profecia porque foi o último Brasileirão vencido pelo Grêmio. Tristezas à parte pelos anos sem título, difíceis para quem já nasceu com um título de Mundial, só tenho lembranças maravilhosas daquela jornada épica.

Dezesseis anos e um dia depois, só posso agradecer ao Grêmio e, principalmente, ao meu pai por me darem momentos tão únicos e mágicos na vida.

6.7.10

dos tempos do videocassete

Em homenagem ao único jogo de Copa que eu tenho, em VHS...

5.7.10

aqueles dias tão laranjas e alegres

Um tanto alheia às chatíssimas polêmicas desta Copa, o que me ocorrem são recordações de um tempo bem juvenil.
Copa de 1998, 14 anos, hormônios. Tardes livres para vagabundagem, onde eu ficava colada na TV esperando os jogos da Holanda. Como eu era fã daquela seleção! Daquela geração! Dennis Bergkamp, os De Boer, Kluivert, Overmars, Davids, Seedorf...
Foram meus maiores ídolos durante a adolescência, e eu nunca achei uma explicação plausível para tal fenômeno. Simplesmente eu achava todos bonitos, simpáticos, e a Holanda muito alegre, com uma história inacreditável de traumas e fracassos.
Todos os adultos me criticavam por gostar de outra seleção que não fosse a brasileira. Outros adultos, gremistas, lembravam que vários dos holandeses compuseram o Ajax de 1995, contra o Grêmio, em Tóquio. Mas nem isso foi suficiente par a diminuir meu encanto de guriazinha.
Doze anitchos se passaram, e eles nem são mais os do meu álbum. Ainda assim, saudades daquela época, onde a minha única preocupação, durante um mês, foi saber se a Holanda seria campeã daquela Copa. O título não veio, mas eu guardo a lembrança daqueles dias tão laranjas e alegres.

(Na foto Bergkamp, escolhido por mim o mais lindinho de todas as Copas. Crédito: Stu Forster/Allsport/Getty Images)

22.6.10

atrasados somos nós

O jovem sul-africano Gift Mchunu, de 16 anos, também disse que, mesmo com a eliminação, gostou do desempenho da equipe no Mundial. Com ressalvas para os defensores, ele disse que os jogadores fizeram uma boa Copa e que não passaram para a segunda fase porque os jogos foram “duros”.

“Não há motivo para tristeza”, complementou ele. “A Copa é só um jogo. Nós também ainda temos muita coisa para festejar e jogos para assistir”.


(Da Agência Brasil)


Linda a atitude dos torcedores da África do Sul, logo após o jogo. Pra mim, deve ser a imagem da Copa. Mesmo desclassificados, comemoravam alegremente, pelas ruas, a vitória de 2 a 1 sobre a França (atual vice campeã).

É bom saber que existe algo além das picuinhas midiáticas e interferências de patrocinadores, que às vezes parecem ter dominado o futebol. A demonstração dos sul-africanos mostra que ainda há muita gente encarando a Copa como ela deve ser, uma mistura de jogos e festa. Sem quebra-quebra e confrontos, só dança, alegria e vuvuzelas.

Foi uma resposta, inclusive, sobre a capacidade do povo sul-africano em receber uma Copa. A desconfiança geral, claramente, era se um país na "África" poderia sediar um evento de tal grandeza.

Depois, ainda vem alguém chamar a África de continente atrasado. Atrasados somos nós.

(Foto de Marcello Casal Jr/ABr)

15.6.10

anos 90 ficam logo ali

Descobres que não é mais uma menininha quando está, em plena Copa de 2010, conversando com alguém sobre jogadores bonitos e, de repente, sem qualquer motivo, tu faz uma referência ao Batistuta...

2.5.10

e o ano já valeu pra alguma coisa

Campeão gaúcho. E que venha a Copa do Brasil, eu acredito!

22.7.09

o grenal do meu pai

Atrasada, eu sei, mas não poderia deixar de registrar minha homenagenzinha aos cem anos do Grenal. Minha admiração e adoração pelo clássico vem do meu pai, que nunca cansou de me contar histórias de façanhas do Grêmio e também de fracassos contra o rival. Pensando em alguma foto para ilustrar o post, só me veio essa, do André Catimba e de um dos maiores feitos do Tricolor, a vitória no Grenal de 77. Para o meu pai, que gravou o jogo em fita cassete, esse sim foi o Grenal do Século, e é a opinião que mais conta, sempre.

11.12.08

CPI do aviãozinho

Todo se dia se vê um monte de barbaridades por parte da Justiça que deixam a gente com vontade ora de rir, ora de chorar. Mas a notícia de que a Justiça quer investigar o aviãozinho que passou por cima do Olímpico no último domingo me deixou mais perplexa do que qualquer outra coisa.
Parece que essa "tradição" começou em 1998 por iniciativa de gremistas, quando o Inter caiu fora do Campeonato Brasileiro. Não lembro bem se foi nesse ano. E por aí foi, os colorados gostaram da idéia e passaram a adotar também. Então, a cada jogo decisivo, quem está pior das pernas espera o tal do aviãozinho.
Até então, tinha ouvido algumas críticas à brincadeira, mas nada que se assemelhasse à perturbação da ordem pública, como está sendo alegado. Ou incitação à violência. Incitação á violência é o prefeito de Pacaraima, em Roraima, que mandou os arrozeiros atacarem os indígenas que quiserem entrar na reserva Raposa Serra do Sol. Isso é incitar a violência. Ou, trazendo para mais perto do futebolístico, os sanguinários infiltrados nas torcidas organizadas de todo o país, que na primeira oportunidade agridem outros torcedores ou mesmo dirigentes e técnicos.
Isso sim tem que ser investigado, punido e banido do esporte e da sociedade, e não uma brincadeira que, ao meu ver, não tem mal nenhum.
Mas também não sei com que me surpreendo. A Justiça propriamente dita só serve para atrapalhar no Brasil. Só para isso. E, por parte do Ministério Público também não existe surpresa. Na cabeça dos promotores, na certa, deve ser outro instrumento do terrorismo, assim como o MST, que também foi considerado "ameaça à segurança nacional".
E também são idiotas os torcedores colorados que se sentem injustiçados e atribuem tudo ao fato do juiz ser gremista. O Inter só foi a bola da vez. A ação poderia ter partido perfeitamente de um juiz colorado, se fosse inversa a situação. Isso não é simples fanatismo, é uma questão mais complexa. É culpa de uma Justiça anda mais ridícula do que nunca e que precisa desesperadamente aparecer, estar nos jornais. Só falta mesmo instalar uma CPI para investigar o crime do aviãozinho.

4.11.08

justiça seja feita

Quem reclama da imprensa esportiva do Rio Grande do Sul não sabe o que é conviver, sistematicamente, com Milton Neves, Neto, o "goleiro roqueiro" Ronaldo e coberturas "equilibradíssimas" de rádios como a Jovem Pam.
E, em tempo: não adianta tentar ouvir a Gaúcha pela internet em dia de jogo. É impossível.

29.6.08

grenal


Hoje é domingo de Grenal, o que me faz sentir saudades inconsoláveis de casa. Domingo de Grenal no Rio Grande era dos meus dias favoritos. Não somente pela minha paixão pelo futebol e pela chance única de torcer pelo Grêmio e secar o Inter ao mesmo tempo. Esses sempre foram dias de ligar para o meu pai e contar como estava o clima em Porto Alegre, se tinha torcida na rua, se tinha movimento, se tinha muito brigadiano nas esquinas. Era um dia em que eu jamais deixava de entrar no msn, sempre a fim de encontrar um amigo colorado para tirar uma onda - na paz, porque Grenal para mim sempre foi um dia feliz. Não sei como alguém transformar o melhor dia dos gaúchos em violência, tragédia, morte. É um dia para todo mundo ver o jogo junto, torcendo, secando, numa boa e em paz.
Na Casa do Estudante, era impossível dormir. Com aquele amontoado de blocos, a gritaria era infernal. Se quisesse dormir, conseguia só até as quatro. Depois, dá-lhe berro, xingão, palavrão, "colorado fdp", "gremista veado". Só delicadeza. Fora os guris do andar, que colocavam a TV no saguão e berravam as duas horas e mais o tempo complementar. Às vezes eu me irritava, mas no fim eu ria porque era muito engraçada aquela euforia e aquela rivalidade que só entende quem entende o futebol.
A cada gol, eu me comunicava com meu pai. Se fosse gol do Grêmio, era toque na hora ou mesmo uma ligadinha. Se fosse o contrário, a gente esperava o intervalo para xingar a mãe do nosso presidente ou o desgraçado que fez o gol do Inter. E meu pai sempre dizia que dava para virar. Meu pai sempre foi animado, mesmo com dois a zero ele sempre acredita na virada. E grava todos os jogos, o que faz, para mim, com que ele seja o maior personagem dos Grenais.
Faltam agora menos de quatro horas para o Grenal, no Beira-rio. E eu imensamente gostaria de estar em casa, querendo que o Grêmio ganhasse para estar na Lima e Silva, ouvir até o último comentário da Gaúcha e esperar pela segunda-feira, fosse a zoação tricolor ou colorada.
Nostalgiazinha desgraçada.

26.3.08

de farrópis para o mundo

Com esta me emocionei. Um blog só sobre o futebol de Farroupilha . E, não, não é sobre o Farroupilha de Pelotas ou qualquer coisa semelhante. Não, é sobre o futebol da Farroupilha serrana. Louvável a iniciativa. Já que a Prefeitura não toma vergonha de ajudar o clube, que anda numa ascedente de pobreza, ou as empresas gigantes que não se prestam a dar um mísero patrocínio, o jeito é manter o time vivo de alguma forma.

5.11.07

televisão

Sei que, prestes a me formar, deveria gostar mais de televisão, ver televisão, sentir falta desse meio, enfim, odiar o fato de não ter um aparelho decente na minha casa. Mesmo que fosse pra criticar e falar mal do Fantástico. Mas a verdade é que só consegui sentir falta de uma televisão na Copa do Mundo do ano passado. E em alguns jogos da Libertadores deste ano.Pelo jeito, tenho problemas bem sérios com ela.

11.10.07

duas coisinhas

Duas coisas que, por mais que eu me esforce, não consigo entender.
Primeiro, por que futsal não é esporte olímpico. Quero conhecer quem me convença de que badmington é "mais esporte" do que futsal, digamos assim.
Segundo, por que O Globo não cita Primeiro Comando da Capital e PCC em matéria nenhuma, só “facção de presos em São Paulo” ou variações igualmente “indefinidas”, mas fala abertamente em tiroteios entre Comando Vermelho e Terceiro Comando?
Sobre a primeira questão, certa mente a resposta deve ser política. Agora, quanto à segunda, só posso pensar que O Globo não quer fazer publicidade para criminosos de São Paulo, só para as "pratas da casa" mesmo. Juro que não entendo.

14.9.07

cartilha são-paulina

Durante a minha incursão matinal pela Folha de S.Paulo, encontrei o artigo do Xico Sá nos Esportes sobre a tal cartilha são-paulina para juniores. Não sabia desse fato, até porque ando muito por fora sobre futebol em nível nacional ultimamente – do Rio Grande do Sul mesmo só sei o óbvio da atualidade.
Enfim, a cartilha proíbe os jogadores de usarem boné, de jogarem truco, sueca, tranca e buraco e de manusearem revistas pornográficas. Em outras palavras, quer evitar o ato da masturbação entre seus jovens talentos.
A única explicação é que o São Paulo quer seus atletas elegantes, longe do vício e do pecado.
Por isso eu me pergunto: do que adianta terem missionários em Serra Leoa ou voluntários da Cruz Vemelha em Basra, se arriscando por seus semelhantes, quando a nem duas horas de avião da minha casa tem um henergúmeno que se presta a idealizar um manual desses?
O Corinthians enforcado em escândalos, os clubes submersos em dívidas, o preconceito ainda correndo solto com a história do Richarlyson e a direção do São Paulo preocupada com um carteado. Com todo o respeito, vai tomar banho.

9.7.07

inacreditável mesmo

Precisando vencer por oito gols a equipe do Aimoré para passar para a fase seguinte do Gauchão, a equipe do Porto Alegre (dos polêmicos Irmãos Assis) venceu por sete a zero em casa no último domingo.
Eu realmente preferia perder um jogo assim do que terminar nessa situação, onde a santa praticamente chuta na trave.

24.6.07

genial

Ouvinte da Gaúcha, domingo à noite, pós Inter 0x2 Grêmio
"Não deu pra ganhar do Boca,
mas do meia-boca dá".
Nada como um grenalzinho pra arrumar a casa.

22.6.07

era por mim

Eu realmente fiquei triste com a derrota do Grêmio. Eu acreditava que o resultado poderia ser revertido, mas um time sem ataque não vai longe. E o meu, observo agora, foi longe demais. Não quis escrever ontem pois era recente demais. E hoje consigo raciocinar melhor.
Gostaria que o Grêmio tivesse ganho não pra mostrar pro mundo que ele é o melhor de todos, nem mesmo pra esfregar na cara de um colorado qualquer. Eu queria que ele tivesse ganho, egoisticamente, por mim. Ainda que milhões compartilhassem a alegria daquele momento, de certa forma a alegria seria minha. Eu precisava do tal instante, como precisei de todas as vitórias que aconteceram. E que me deram minutos, dias e horas de felicidade.
Como diz uma pessoa que conheço, gosto do meu time pra mim. Amo o Grêmio do meu jeito.
E a tal imortalidade, de que tanto falam, é apenas a capacidade de lutar até o fim. E acreditar sempre. Porque aqueles que não acreditam não merecem crédito. E o imortal não vence sempre. O imortal é só aquele que se nega a morrer sem antes disputar bravamente.
O futebol é uma metáfora. Se meu time vence dentro das quatro linhas, posso vencer fora delas também. No fundo, creio humildemente que seja isso. Se não fosse assim, os times sem títulos não teriam as torcidas apaixonadas que têm.
Com o tempo, a dor da perda fica menos aguda. Entra pra galeria do passado. E a jogada certa é sempre a bola pra frente, pelo menos nesse caso.
Gosto do Grêmio, eis tudo.

20.6.07

inacreditável

É incrível o que acontece nesse momento em Porto Alegre. O futebol é mesmo uma religião. Uma seita misteriosa. Estamos a poucos minutos da batalha derradeira. Descobri, em todos esses dias, o que realmente é a imortalidade. A alma gremista é que é imortal. Grêmio, eu acredito. Grêmio, ainda não existem palavras pra ti.

19.6.07

nada pode ser maior

Batalha dos Aflitos, 2005

17.6.07

torcendo, porém de casa

Não, não fui uma das privilegiadas pelos míseros ingressos postos à disposição de não-sócios para quarta-feira. Passei seis horas na fila, das 6h30min da manhã até 12h30min, quando acabaram-se as "arquibancadas".
Não será agora minha própria estréia em jogos oficiais. O que me deixa menos desanimada é pensar que pelo menos eu tentei. Eu realmente tentei entrar no Olímpico, mas minha condição econômica, no momento, não permite gastos de 120 reais em uma cadeira lateral.
Certo, fracassei. Foi uma aventura que terminou frustrada. Mas antes uma vida de aventuras frustradas do que uma existência onde não acontece nada.
De qualquer maneira, estarei torcendo pelo Grêmio. De coração, pelo menos, junto com ele. E eu espero que tudo possa dar certo.
Porque eu ainda acredito.