Um baile depois, aprendi a colocar vídeos no blog...
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16.8.09
14.8.09
distração charmosinha

Sabe aqueles momentos em que não estás a fim de pensar em nada? Não tem nenhuma revista de fofocas a mão pra folhear? E a programação da televisão, em vez de te distrair, te irrita cada vez mais?
Uma sugestão é passar em uma locadora que tenha filmes antigos e alugar Sabrina, de 1954, comédia romântica do Billy Holliday.
Filha do chofer de uma big mansão, Sabrina (Audrey Hepburn) é uma mocinha desajeitada e apaixonada por um dos herdeiros de toda a fortuna, David (William Holden).
Mandada a Paris para fazer um curso de culinária, Sabrina volta refinadíssima aos Estados Unidos e desperta, além do amor de David, a atenção do outro irmão Linus (Humprey Bogard).
Sim, ela ficará com um deles. A rasidão do roteiro é uma pista da obviedade e da falta de surpresa que seguem em todo o desenrolar da história.
Ainda que renda razoáveis risadas, o filme em momento algum surpreende o espectador, que vai acompanhando a trama como um conto de fadas já visto antes.
O filme ganha, porém, é no quesito charme. Ainda que não cative como A Princesa e o Plebeu (que valeu um Oscar para Audrey Hepburn), Sabrina tem ótimas cenas, como aquela em que a protagonista cantarola La Vie em La Rue enquanto Linus dirige um conversível de volta à mansão.
Bem, Audrey Hepburn cantando Edith Piaf ao lado de Humprey Bogard... No mínimo tentador para quem é atraído por um cineminha retrô.
O filme fica também como dica para quem gosta de comédias românticas (o que não bem é meu caso, que alugo filmes como esse só pela presença da Audrey Hepburn) mas quer fugir de criaturas como Ashton Kutscher, Jennifer Lopez, Hugh Jackman que permeiam a atual filmografia.
17.3.09
vivien leigh e audrey hepburn só para mim

Tudo para compensar minhas idas tão raras ao cinema depois da morte da minha carteirinha de estudante.
13.2.08
12.2.08
quando o fracasso é ilusão
Além de uma das mulheres mais bonitas da história do cinema, a Audrey Hepburn foi uma grande atriz. É o que se comprova em Uma Cruz à Beira do Abismo (The Num’s Story, 1959), de Fred Zinnemann. No filme, Audrey vive a jovem Gabrielle Van del Mar, que ingressa em um convento de freiras com o sonho de ser enfermeira no Congo.
Sempre me fascinou a questão da liberdade. Foi o que me levou a descobrir esse filme e assistir. E o que era pra ser um simples DVD com a história de uma freira em um domingo à noite se revelou um soco no estômago. Pelo menos, no meu.
A Gaby do filme quer se tornar uma freira de verdade, talvez a melhor freira do convento. E ela está disposta a isso. Inteligente, sabia que ia ser difícil a adaptação, o silêncio, a reserva, a castidade, a penitência. Mas, ainda assim, iria se sacrificar por esse seu ideal.
Se fosse um filme de final feliz, a Gaby – ou irmã Luke, nome imposto pela Igreja – venceria todos esses obstáculos e terminaria como madre superiora do lugar. Nada importaria para ela, já que tem certeza de que pode ser tornar o que quiser.
Mas a irmã Luke fracassa. Ela não suportou o silêncio, a quebra de sua personalidade, o controle do pensamento e, principalmente, a obediência. Quanto mais ela se esforçava, mais percebia seu esforço em vão.
Não é, porém, Gaby quem fracassa. É a irmã Luke, essa freira que foi criada para não pensar, não sentir, não ter passado e nem lembrança. Essa irmã foi derrotada porque era de existência tão frágil e artificial que não poderia suportar.
Gaby não poderia fracassar porque, simplesmente, não existe fracasso quando algo é impossível. Uma mulher forte, questionadora, curiosa e orgulhosa como ela jamais poderia calar os próprios pensamentos e desejos. Não é da essência dela, não é da alma, e a verdade é que nunca se pode mudar aquilo que se é e nem fazer de conta que se está realizado quando não se está.
Como dizia uma das madres, é possível enganar os outros, mas nunca a Deus e a si mesmo. Mesmo que se finja estar no caminho certo, no lugar certo, na posição certa, sempre vai aparecer uma vozinha lá dentro dizendo que aquilo é um erro. Uma vozinha que te até deixa andar mas, aos poucos, te impede de dormir.
Em momento nenhum a Gaby é retratada como uma perdedora. Nesse grande filme a vida não se divide em vencedores e fracassados. Ela tentou, achou que podia, experimentou se enganar. Não conseguiu. A solução foi abandonar o hábito em um cabide e sair com as velhas roupas, um pouco amedrontada do mundo, mas certa de que o seu lugar não era ali.
Sempre me fascinou a questão da liberdade. Foi o que me levou a descobrir esse filme e assistir. E o que era pra ser um simples DVD com a história de uma freira em um domingo à noite se revelou um soco no estômago. Pelo menos, no meu.
A Gaby do filme quer se tornar uma freira de verdade, talvez a melhor freira do convento. E ela está disposta a isso. Inteligente, sabia que ia ser difícil a adaptação, o silêncio, a reserva, a castidade, a penitência. Mas, ainda assim, iria se sacrificar por esse seu ideal.
Se fosse um filme de final feliz, a Gaby – ou irmã Luke, nome imposto pela Igreja – venceria todos esses obstáculos e terminaria como madre superiora do lugar. Nada importaria para ela, já que tem certeza de que pode ser tornar o que quiser.
Mas a irmã Luke fracassa. Ela não suportou o silêncio, a quebra de sua personalidade, o controle do pensamento e, principalmente, a obediência. Quanto mais ela se esforçava, mais percebia seu esforço em vão.
Não é, porém, Gaby quem fracassa. É a irmã Luke, essa freira que foi criada para não pensar, não sentir, não ter passado e nem lembrança. Essa irmã foi derrotada porque era de existência tão frágil e artificial que não poderia suportar.
Gaby não poderia fracassar porque, simplesmente, não existe fracasso quando algo é impossível. Uma mulher forte, questionadora, curiosa e orgulhosa como ela jamais poderia calar os próprios pensamentos e desejos. Não é da essência dela, não é da alma, e a verdade é que nunca se pode mudar aquilo que se é e nem fazer de conta que se está realizado quando não se está.
Como dizia uma das madres, é possível enganar os outros, mas nunca a Deus e a si mesmo. Mesmo que se finja estar no caminho certo, no lugar certo, na posição certa, sempre vai aparecer uma vozinha lá dentro dizendo que aquilo é um erro. Uma vozinha que te até deixa andar mas, aos poucos, te impede de dormir.
Em momento nenhum a Gaby é retratada como uma perdedora. Nesse grande filme a vida não se divide em vencedores e fracassados. Ela tentou, achou que podia, experimentou se enganar. Não conseguiu. A solução foi abandonar o hábito em um cabide e sair com as velhas roupas, um pouco amedrontada do mundo, mas certa de que o seu lugar não era ali.
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