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23.6.17

Bloomsday

Sexta-feira foi dia de Bloomsday ao redor do mundo, quando se celebra a jornada de Leopold Bloom, personagem famosão de Ulysses de James Joyce.

A Casa das Rosas em São Paulo fez um m evento com palestras, música e dança irlandesa (e Guinness, mas por 32 reais não tem condições). Claro que eu estava lá. Foi o trigésimo evento do tipo em São Paulo. Voltei pra casa com tanta coisa na cabeça e no coração que precisei despejar umas linhas. Joguei no Facebook, mas quis reproduzir por aqui também.

"De um Bloomsday, na Casa da Rosas, com James Joyce, Irish dance, Irish music e vários filmes passando na minha cabeça e no meu coração, saio direto pra uma caminhada na Paulista, tentando lidar com um monte de sentimentos. E ali na famosa avenida então eu vejo um cara vestido de punk tipo anos 70, um senhor vestido de Chaves, um menino vestido de Michael Jackson, várias pessoas indo ou vindo de uma festa junina, um maluco tocando AC/DC, hippies vendendo muamba e todo mundo já naquela vibe Parada Gay.
Aí me dei conta que nunca saí de São Paulo quando fui pra Dublin e que nunca saí de Dublin, mesmo tendo voltado pra São Paulo. E voltar se torna um verbo quase inútil porque como assim voltar de um lugar se a gente nunca saiu dele. E de qual "eu" me refiro mesmo, quando vamos mudando a cada pessoa, paisagem ou experiência que aparece.

Só queria mesmo um trem-bala que me transportasse entre essas duas cidades em um piscar de olhos pra eu comer coxinha numa padoca de esquina e, cinco minutos depois, tomar Guinness e olhar pro Liffey River.

Da próxima vez que perguntarem, São Paulo ou Dublin, vou perguntar de volta se dá pra ser as duas, já que ambas grudaram em mim e, por mais que eu tente, parece que nunca vou me livrar."

11.2.16

como sobreviver à austeridade

Desde que voltei ao Brasil vivo em um regime de austeridade que faria inveja a qualquer governo do mundo. Em março completarei um ano por aqui e, até agora, equilibrar as finanças tem sido apenas um dos desafios que eu tenho (e não são poucos).

Perto de algumas crises existenciais que me assolam, a questão do dinheiro (falta dele, pra ser precisa) tem sido até razoável de lidar. O chato é ter que pedir dinheiro emprestado (depois dos 30 anos isso se torna meio constrangedor), mas ultimamente me agarro na fé e no lugar-comum de que tudo vai dar certo no final.

Fato é que nem tudo é desgraça e se tem algo bom na dureza é que a gente começa a dar valor pro que é barato ou de graça (esse último melhor ainda!). Aí vai uma listinha dessas coisas que preenchem o tempo, alimentam a alma e contribuem para tornar a pobreza menos penosa.

1.  Caminhar e fazer exercícios. Custa zero cents – basta calçar um tênis, uma roupa velha qualquer (minha blusa tem umas manchas e eu tô nem aí) e sair pela vizinhança. Atualmente moro em um condomínio fechado, então não há desculpas para não dar uma caminhadinha no final da tarde. 
2.    Estudar. Necessidade plena em 2016, especialmente para quem se dispôs a passar em um exame de proficiência de inglês, a atingir o nível avançado do espanhol e a encarar novamente os livros de árabe. Material nós temos (fora a internet), então é botar a bunda na cadeira e exercitar o cérebro.
3.    Ter uma desculpa pra não sair de casa. Confesso que ando com preguiça de socializar (interagi demais para uma pessoa introvertida em 2015) e poder ficar quieta no meu canto me dá a paz de espírito que eu preciso. É ótimo poder concentrar nossa atenção na gente mesmo, algo que se torna impossível quando estamos cercados de gente.
4.   Ver filmes e documentários no Youtube – além de outros tantos sites que permitem acesso totalmente free. Para melhorar, é possível ver filmes em outras línguas, aliando lindamente estudo e diversão.  
5.   Escrever. Em português, em inglês, em espanhol. Escrever é de graça e faz tão bem. Ando preguiçosa para a escrita de maneira geral, mas quando resolvo brincar de agrupar palavras me sinto bem. É quase mágico.
6.    Revirar a internet em busca de receitas fáceis e que levem poucos ingredientes – aliás, revirar a internet em busca de qualquer coisa. Que coisa mais linda essa tal rede mundial de computadores. Além de livros de receitas, há cadernos de arte, fotografia, ficção, não ficção, tem de tudo. Eu mesma preparei um xarope para curar minha última crise de tosse – algo que não faria se tivesse dinheiro sobrando, obviamente.
7.    Passear por galerias de arte, parques e ruas até então desconhecidas. Ou então pesquisar cinemas e peças de teatro de graça (e tem). Descobrir a própria cidade, ser turista no lugar onde vivemos. Em São Paulo isso é fácil e prazeroso.
8.   Focar no que é essencial. Só quando a gente fica com o dinheiro contado (e olha que agora é contado mesmo) percebe que não precisa de todos os luxos que tentam nos vender por aí. Pra que um par de sapatos novos se a gente nem tem espaço pra guardar os velhos? E pra que refeições em restaurantes caros pra c*** se a gente pode cozinhar algo mais saudável (e até melhor) em casa? Pagar pra entrar em festa, então, só se eu fosse louca.
9.  Ficar em casa e conversar via Skype com os amigos. Sim, é maravilhoso encontrá-los pessoalmente, mas não dá pra fazer isso quando se tem pessoas queridas espalhadas ao redor da Terra.
10.   Estabelecer planos para o futuro e perceber que, não, a gente não vai sucumbir à falta de dinheiro. Desde que tenhamos um teto, comida e dinheiro para o transporte em uma cidade gigante (enquanto a Tarifa Zero não chega), o resto é contornável.

Comecei 2016 com a certeza de que preciso de mais tempo só, e o período de penúria financeira contribui pra que isso se concretize. Claro que eu gostaria de ter dinheiro para alguns luxos – comprar um kindle, visitar meus pais com mais frequência, fazer uma poupancinha para viajar, comprar livros... No entanto, encaro as dificuldades como um aprendizado (mais um) e penso que amanhã tudo vai ser melhor. Por ora, me penduro na esperança pra viver um dia de cada vez. Se não dá pra comprar livros, me contento em passear pelas livrarias Cultura e Fnac pra cheirar os volumes e ver as capinhas novas. Quem sabe fazendo uma lista do que comprar quando a tal crise acabar.

5.1.16

idas e vindas na Pauliceia

Hoje dei uma caminhada ao redor do Masp e me dei conta que já faz NOVE anos que pisei em São Paulo pela primeira vez. Entre idas e vindas já contabilizo quase seis anos na cidade.
E o Masp era algo que eu sempre via pela TV e pelas fotos, parecia tãããão distante. E até hoje me encanta saber que mesmo meio caipirona e desajeitada eu consigo viver sozinha em uma cidade tão grande.
É bom lembrar de tudo isso pra eu mesma lembrar que está tudo dando certo, embora não pareça e às vezes dê vontade de jogar tudo pro alto.

21.12.13

Tchau vida velha, beijo vida nova! Beijo São Paulo, qualquer hora eu volto :)

17.12.13

primeiras despedidas

Pinterest

Quinze caixinhas. Esse foi o saldo de coisas/tralhas/materiais acumulados em cerca de cinco anos e sete meses de vida paulistana. Hoje a mudança partiu para Farroupilha, oficializando a despedida A próxima e última etapa será sábado. Até lá, continuarei batendo perna - um modo que encontrei para afagar a cidade, que é tão grande e não cabe no meu abraço.

10.12.13

meus lugares

O difícil de deixar uma cidade grande como São Paulo é que tem tanto, mas tanto lugar para se despedir que a pessoa não consegue dar conta. Sei que o drama não faz sentido, afinal daqui a um tempo devo estar saltitando por aqui novamente. Mas por ora dá uma dorzinha pensar que, nos próximos meses (ou anos), só poderei passear na Paulista ou na Liberdade com a ajuda da minha imaginação.

26.11.13

humanidades

Essa história aconteceu há muito tempo - mais de ano, talvez - e foi uma daquelas que, na hora, entrou para a interminável lista mental "quero escrevê-la para o blog". Acabei deixando de lado a ideia, bem como tantas outras que me surgem a toda hora. Mas a vontade de retomar o blog e esse texto no Cão Uivador me fez resgatá-la do fundo do meu baú de memórias paulistanas.

Na volta para casa, depois de um dia de trabalho, pego um ônibus da linha 805L-10, que sai do terminal Princesa Isabel, no centro, em direção à Avenida Paulista e ao simpático bairro da Aclimação. Uma viagem como tantas outras, não fosse o cobrador e o motorista serem novos naquele itinerário. Sim, ambos. Sim, e na mesma viagem. Nem um nem outro tinha ideia de como chegar ao destino final. O jeito que os dois encontraram, logo ao sair da garagem, foi recorrer ao aplicativo mais antigo do mundo, o ato de perguntar a quem já sabe - nesse caso, aos passageiros. Como é comum que as pessoas peguem a mesma linha todos os dias, não foi difícil para cada um dar sua contribuição com um "agora vai reto", "no próximo ponto vira à direita", "sobe a Consolação", "faz aquela curva" etc. Eu mesma dei meus pitacos quando não havia mais ninguém a quem o cobrador, muito boa gente, pudesse recorrer. Desci já no bairro do Paraíso e, até aquela altura, havia sido uma bela e tranquila viagem.

Não fosse, claro, a atitude histérica de algumas pessoas. Uma moça chegou a ficar nervosa enquanto bradava que-absurdo-vocês-saem-da-garagem-sem-GPS-onde-já-se-viu. E mais gente foi acometida desse pânico, como se estivéssemos no meio do Oceano Pacífico, à deriva, e não na Avenida Angélica. No meio do pânico de meia dúzia no ônibus não me aguentei e disse para o cobrador, "uma vez as pessoas davam a volta ao mundo sem saber para onde iam, agora não conseguem ir até a esquina". "Pois é", concordou ele, também indignado com aqueles surtos.

De fato um GPS poderia ter ajudado o motorista, economizado algumas preocupações, mas no fim das contas não deu tudo certo? As pessoas não estavam ajudando? Eu achei a viagem super divertida, cheia de vozes, movimentos e opiniões - até porque, se houvesse o tal GPS, o mais provável é que nenhuma daquelas pessoas estivesse conversando e interagindo. Estaria cada um com a cara enfiada no seu mundo. Eu mesma em algum livro ou no MP3.

Para além do estresse paulistano, desnecessário em 99% das ocasiões, me chamou a atenção a dependência bizarra à tecnologia. Conheço pessoas que mal saem de casa agora sem um GPS. Outras ficam quase loucas sem celular. Sem internet, então, é como se perdessem o braço. Eu gosto muito de tecnologia, apesar de não ser a mais adepta às parafernálias. Vejo o lado de facilitar a vida, a possibilidade de acesso à cultura, o contato com gente querida que mora longe. Mas a última coisa que quero é que a tecnologia destrua o que eu tenho de mais humano, que é a capacidade de pensar e buscar soluções. Dentre elas de perguntar aos outros o melhor jeito de se chegar a algum lugar. Sempre fiz assim e sempre deu certo. Posso demorar um pouco mais para chegar, mas como um dos meus objetivos futuros é desacelerar, isso não será um empecilho. Perguntando a gente acha, com certeza.

24.11.13

a chuva e os olhos marejados

Que cidade supimpa essa São Paulo. A menos de um mês de deixá-la rumo a novas aventuras me bate uma saudade antecipada que só cresce. São menos de quatro semanas para desbravar alguns cantos que precisam de uma visita antes do "até breve".

Não senti grandes coisas quando deixei Farroupilha, afinal tudo que queria era morar em Porto Alegre na efervescência dos 18 e uma faculdade pela frente. Quando deixei Porto Alegre houve aquela melancolia, mas era um sentimento suave. Mas é só pensar no momento - cada vez mais próximo - de dar tchau para a Avenida Paulista que sinto os olhinhos marejados.

Esse sentimento todo só pode significar que fui feliz aqui.

Eu vou porque eu preciso, São Paulo, sua linda, mas eu vou voltar porque eu te amo. Enquanto isso vamos curtir nossas últimas semanas juntinhas, com chuva e tudo.

24.7.13

lembranças do frio

Jurei que não haveria inverno esse ano em São Paulo. Não que haja grandes frios, mas sempre faz uma semaninha, pelo menos, de vento mais gelado, quando dá para tirar os casacos mais pesados do armário e desfilar se sentindo uma ~europeia~ por aí.

Depois de um domingo calorento e mangas curtas, o frio chegou. Não na intensidade do Sul, obviamente, mas veio. Arrisco a dizer que essa madrugada foi a mais fria desde que moro aqui.

Imagem: Pinterest

Já fui mais fã de frio, assim como odiei o calor com todas as minhas forças. Hoje vou rumo ao meio-termo. Gosto de dias quentes, mas que não me façam derreter; assim como gosto de dias frios, bem frios até, mas não os aguento por muito tempo. Confesso que nesse sentido é um alívio morar em um lugar como São Paulo, onde inverno e verão costumam ser agradáveis (exceto pela parte das chuvas no início do ano).

Mas é nos dias frios em que eu mais sinto falta de Farroupilha. Mais especificamente da minha casa. Deve ser porque meias lembram meias de lã, e meias de lã lembram conselhos da minha mãe, pedindo para colocar uma antes que os pés congelassem. Ou uma água para fazer um chá, que me recorda o fogão a lenha e o meu pai colocando pinhões naqueles domingos frios e de cerração fechada. Sem falar da fumaça do fogão saindo pela chaminé da minha vó...

A cada blusa de malha que eu tiro do guarda-roupa vem junto um turbilhão de sensações e recordações. Nos dias frios é que me sinto mais farroupilhense, como se lembrasse exatamente da minha origem. Como se voltasse para casa. Como se eu me encontrasse. Como se tudo finalmente fizesse sentido.

5.6.13

pequenas e queridas vitórias

Por volta de 8h da manhã tentei conectar a internet hoje e nada. Depois de virar e revirar o modem, a Claro me informa que EXATAMENTE no meu bairro ocorria manutenção. Justamente no dia em que eu precisava, cheia de coisas para fazer.

Aí chego no jornal e descubro que meu telefone continua quebrado. Ok, pegamos em outra mesa. É chato, é incômodo, mas vamos lá.

Horas depois o gravador que uso para fazer as entrevistas estraga. Não perco nada, mas preciso de outro sistema operacional para tirar os arquivos.

Sabe aquela vontade ACUMULADA de largar tudo de mão? De sentar no meio-fio e desistir? Pois é. Mas continuei trabalhando do jeito que deu.

Daí que agora nada disso mais nem me importa. Descobri que, depois de meses, foi publicada a matéria que escrevi com um amigo sobre prisão provisória. E no LE MONDE. Le Monde!!!!

Nunca, nunquinha imaginei que publicaria algo no Le Monde. E naturalmente aconteceu. É uma satisfação imensa ver que os veículos que te serviram de referência durante a faculdade (como o BF) agora te servem de base para publicar as TUAS reportagens. E sobre um tema - prisões - para os quais mais me dediquei até hoje.

Digam o que quiserem, pensem o que quiserem. Vencemos em São Paulo. Viemos só tentar aproveitar um diploma, para não jogá-lo no lixo, e chegamos às bancas, literalmente.

Dormirei feliz hoje. Não tenho do que me queixar.

12.5.13

apenas que...

... hoje completo cinco anos de vida paulistana. É, deu certo!

10.2.13

tudo vai caminhando e se encaminhando

Daí que hoje estou felizinha comigo mesma. Depois de anos de protelação, finalmente fui caminhar no Parque do Ibirapuera.


O que tento entender é COMO não consegui fazer isso antes, sendo que a) eu amo caminhar em parques e b) é de graça. 

Acho que a diferença pode ser explicada pelo meu "novo jeito", digamos assim, de olhar para as coisas. É o mesmo jeito que faz olhar para mim mesma de um jeito diferente, sem cobranças, me aceitando como sou de uma vez por todas. Esse jeito ainda estou treinando, mas tem dado certo. Há tempos não me sentia tão bem. Precisava escrever mais sobre ele, mas por enquanto faltam palavras.

Amanhã, segunda-feira de Carnaval, pretendo ir caminhar de novo. E pela manhã, óbvio, já que pela tarde São Pedro manda toda a água do mundo para cima dos paulistanos.

19.2.12

clima do meu domingão de carnaval



Sozinho pelas ruas de São Paulo eu quero achar alguem prá mim, um alguém tipo assim...

5.9.11

na rua augusta

Uma mulher me aborda na calçada e diz "hello, good afternoon", querendo me vender alguma coisa.

Uma velhinha de um brechó cool tenta me convencer de que, em casamento, eu não preciso me vestir muito formalmente porque sou "novinha".

Bem-vindos à arte de parecer o que não é de forma não proposital.


4.6.11

a velhinha budista

Venci a preguiça usual das noites de sábado e fui até o Centro Cultural ver o show do Apanhador Só. Era meio desconfiada da banda, mas me rendi. Músicas bonitinhas, sotaque porto-alegrense e músicos gatinhos.
Saí feliz da apresentação, mas pensativa a respeito da minha vida, especialmente a parte vivida na capital gaúcha. Vitórias, derrotas, coisas boas, ruins e as coisas que nunca aconteceram, que são sempre as mais difíceis de aceitar.
Na plataforma do metrô, uma senhora com copos-de-leite artificiais na mão me aborda e pergunta, "você é novinha, né"? Respondi que não era tão novinha assim e ela começou a conversar. Era uma velhinha budista e me fez repetir um mantra que, segunda ela, mudou sua vida.
Lá pelas tantas da conversa sem muito sentido mas ainda assim simpática, ela revelou que tinha 79 anos e, diferente de mim, que disse que não era mais uma menininha, ela disse que nunca deixou de ser uma. E que eu não deveria nunca deixar de ser uma. Disse ainda que eu vou ser muito feliz, só preciso "objetivar" nas coisas que eu queira, e que devo continuar usando minhas meias cor-de-rosa (são roxas, mas tudo bem).
Não sei por quê, certas coisas não têm muito (ou qualquer) sentido, mas encontrar essa velhinha em um momento em que eu estava tão pensativa me deu uma sensação boa. Parecia uma benção.

9.11.10

os isqueiros

"Quando a Luz se apagar, só restarão os isqueiros."

Frase pichada em um muro da Cracolândia, publicada em matéria da Folha em setembro. Trágica, mas ainda assim sensacional.

2.9.10

sem silêncios

“O silêncio é reacionário.”
(Jean Paul Sartre)

Bem lembrou o Estadão hoje. Há 50 anos Sartre e Simone de Beauvoir visitavam São Paulo. Preciso ler "Segundo Sexo". "A Náusea" também, mas pra esse falta ainda coragem.
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4.8.10

os tais ciclos

Despedidas, expectativas e ouvindo Piazzolla com o coração mais leve. Sensação de um certo recomeço depois de um reencontro com coisas e pessoas. Eu sinto, só isso. Talvez um reinício entre São Paulo e eu.

17.7.10

a musa modernista

Entrei no clima das comemorações ao centenário de Patrícia Galvão, a Pagu. E me dou razão. Escritora, jornalista, feminista e revolucionária, me sobram motivos pra admirar essa mulher.

Em São Paulo, tem coisas interessantes acontecendo. Na Casa das Rosas, um centro cultural abrigado em um casarão maravilhoso na Avenida Paulista, todo o mês de julho é dedicado à escritora. Ali foi lançada a fotobiografia Viva Pagu, junto com filmes, debates, oficinas e uma exposição, super simpática, sobre a trajetória da chamada musa modernista.

Quem tem curiosidade sobre a vida dessa santista de 1910 pode acessar o blog que divulga o livro Viva Pagu, o com uma parte dedicada à sua produção jornalística.

Outro link é o da Agência Patrícia Galvão, do Instituto de mesmo nome, com várias informações sobre direito das mulheres, violência de gênero e liberdade sexual.

Enquanto não compro meu Viva Pagu, vou desentocar um outro livro sobre a escritora que ganhei e que nunca li. Tudo pra entender mais sobre essa mulher que encanta a gente por osmose.

12.5.10

aniversários e violinos

E, pois bem, chegou! Dois anos de Pati em São Paulo! Já se vão 24 meses do dia em que cheguei de ônibus, cansada, direto para a pousadinha, com a única certeza de que havia chegado ao lugar certo.

Para comemorar as vitórias e esquecer as agruras passadas no período, dei-me um concerto de presente... A apresentação da Camerata Aberta aconteceu no Masp, com quatro belas peças de erudito que misturam antigo e contemporâneo...

Minha preferida foi a segunda, do Philippe Leroux, intitulada [d’] Aller (um viva ao programinha do concerto), que teve a violinista francesa Elissa Cassini. Procurei um vídeo, mas não encontrei uma única referência no amigo youtube sobre ela...

De qualquer forma, como houve noites de vontade de pianar, hoje foi noite de querer “violinar”... E de viver esse terceiro ano que está começando...