Desde que voltei ao Brasil vivo em um regime de austeridade que faria inveja a qualquer
governo do mundo. Em março completarei um ano por aqui e, até agora, equilibrar as finanças tem sido apenas
um dos desafios que eu tenho (e não são poucos).
Perto de algumas crises existenciais que me assolam, a questão do dinheiro (falta dele, pra ser precisa) tem sido até razoável de lidar. O chato é ter que pedir dinheiro emprestado (depois dos 30 anos isso se torna meio constrangedor), mas ultimamente me agarro na fé e no lugar-comum de que tudo vai dar certo no final.
Perto de algumas crises existenciais que me assolam, a questão do dinheiro (falta dele, pra ser precisa) tem sido até razoável de lidar. O chato é ter que pedir dinheiro emprestado (depois dos 30 anos isso se torna meio constrangedor), mas ultimamente me agarro na fé e no lugar-comum de que tudo vai dar certo no final.
Fato é que nem tudo é desgraça e se tem algo bom na dureza é que a gente começa a dar valor pro que é barato ou de graça (esse último melhor ainda!). Aí vai uma listinha dessas coisas que preenchem o tempo, alimentam a alma e contribuem para tornar a pobreza menos penosa.
1. Caminhar e fazer exercícios. Custa zero cents –
basta calçar um tênis, uma roupa velha qualquer (minha blusa tem umas manchas e
eu tô nem aí) e sair pela vizinhança. Atualmente moro em um condomínio fechado,
então não há desculpas para não dar uma caminhadinha no final da tarde.
2. Estudar. Necessidade plena em 2016,
especialmente para quem se dispôs a passar em um exame de proficiência de
inglês, a atingir o nível avançado do espanhol e a encarar novamente os livros
de árabe. Material nós temos (fora a internet), então é botar a bunda na
cadeira e exercitar o cérebro.
3. Ter uma desculpa pra não sair de casa. Confesso
que ando com preguiça de socializar (interagi demais para uma pessoa introvertida em 2015) e poder ficar quieta
no meu canto me dá a paz de espírito que eu preciso. É ótimo poder concentrar
nossa atenção na gente mesmo, algo que se torna impossível quando estamos
cercados de gente.
4. Ver filmes e documentários no Youtube – além de
outros tantos sites que permitem acesso totalmente free. Para melhorar, é possível ver filmes em outras línguas,
aliando lindamente estudo e diversão.
5. Escrever. Em português, em inglês, em espanhol.
Escrever é de graça e faz tão bem. Ando preguiçosa para a escrita de maneira
geral, mas quando resolvo brincar de agrupar palavras me sinto bem. É quase
mágico.
6. Revirar a internet em busca de receitas fáceis e que levem poucos ingredientes – aliás, revirar a internet em busca de qualquer coisa. Que coisa mais linda essa tal rede mundial de computadores. Além de livros de receitas, há cadernos de arte, fotografia, ficção, não ficção, tem de tudo. Eu mesma preparei um xarope para curar minha última crise de tosse – algo que não faria se tivesse dinheiro sobrando, obviamente.
6. Revirar a internet em busca de receitas fáceis e que levem poucos ingredientes – aliás, revirar a internet em busca de qualquer coisa. Que coisa mais linda essa tal rede mundial de computadores. Além de livros de receitas, há cadernos de arte, fotografia, ficção, não ficção, tem de tudo. Eu mesma preparei um xarope para curar minha última crise de tosse – algo que não faria se tivesse dinheiro sobrando, obviamente.
7. Passear por galerias de arte, parques e ruas até
então desconhecidas. Ou então pesquisar cinemas e peças de teatro de graça (e
tem). Descobrir a própria cidade, ser turista no lugar onde vivemos. Em São
Paulo isso é fácil e prazeroso.
8. Focar no que é essencial. Só quando a gente fica
com o dinheiro contado (e olha que agora é contado mesmo) percebe que não
precisa de todos os luxos que tentam nos vender por aí. Pra que um par de
sapatos novos se a gente nem tem espaço pra guardar os velhos? E pra que
refeições em restaurantes caros pra c*** se a gente pode cozinhar algo mais
saudável (e até melhor) em casa? Pagar pra entrar em festa, então, só se eu
fosse louca.
9. Ficar em casa e conversar via Skype com os
amigos. Sim, é maravilhoso encontrá-los pessoalmente, mas não dá pra fazer isso
quando se tem pessoas queridas espalhadas ao redor da Terra.
10.
Estabelecer planos para o futuro e perceber que,
não, a gente não vai sucumbir à falta de dinheiro. Desde que tenhamos um teto,
comida e dinheiro para o transporte em uma cidade gigante (enquanto a Tarifa
Zero não chega), o resto é contornável.
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